Você conhece a síndrome do impostor?
Será que você se sente inferior constantemente quando está em um ambiente estudantil ou profissional, sem uma razão específica?
Será que você tem a sensacão de que as suas qualificações nunca são boas comparadas aos seus colegas de trabalho ou profissão?
Será que após uma conquista, você pensou que não era merecedor de receber o título ou posição por não achar que tinha as competências necessárias para assumir tal responsabilidade? Ou até deixou de realizar algo pessoal por não se sentir preparado?
Será que quando você está em uma reunião de negócios, com pessoas bem qualificadas, você se vê pensando: Eu não mereço estar aqui!
Se isso está acontecendo com você, cuidado! Você pode estar sofrendo da síndrome do impostor.
E se esse é o seu caso, esse artigo poderá ajudá-lo a entender o que pode estar acontecendo com você, então, vem comigo para entender melhor esse assunto.
O que é a síndrome do impostor?
É uma experiência interna de falsidade intelectual, que parece prevalecer entre as pessoas de alto desempenho.
É uma condição emocionalmente debilitante, caracterizada por um nível de ansiedade persistente e sem justificativa em relação à conquista. Podemos resumir dizendo que é o pavor de avaliação, medo de fracasso e exposição pública, que gera uma incapacidade de internalizar o sucesso e falta de satisfação pela conquista.
De acordo com as pesquisas da Dra. Pauline Clance, existem três características que definem essa síndrome:
- A primeira é a sensação de que outras pessoas têm uma percepção vaidosa de suas habilidades;
- A segunda é o medo de que suas verdadeiras habilidades sejam descobertas, ou seja, que as suas habilidades não são reais e verdadeiras. Isso causa sofrimento com uma dor interna, que gera a espectativa de que alguém irá descobrir que suas habilidades são uma fraude;
- A terceira é a tendência em atribuir sucesso à sorte ou coincidência.
A Dra. Clance iniciou seus estudos no tema, baseado em experiências com seus estudantes. Ela disse:
“Percebi que meus alunos estavam cheios de dúvidas sobre suas habilidades e preocupados em continuar seus sucessos; eles diziam: “Eu tenho medo ”e“ desta vez vou estragar o exame”, mas quando perguntei, eles nunca haviam feito um exame. De fato, suas pontuações e notas no SAT foram excelentes. Um deles me disse: “Eu me sinto como um impostor aqui com todas essas pessoas brilhantes”.
Nesse caso, eram pessoas que tinham um grande conhecimento, mas não conseguiam perceber esse valor.
Outras pesquisas concluíram que essa condição é particularmente provável de ocorrer quando uma pessoa vive uma experiência nova na área profissional, assumindo novas responsabilidades. Quem vive nessa condição, está sempre com o sentimento irônico de que é uma fraude.
Outros estudos mostram que a síndrome do impostor está relacionada e se sobrepõe a várias outras manifestações de insegurança, incluindo a autodefesa, em que um indivíduo sabota seu próprio desempenho e cria desculpas para o fracasso e pessimismo defensivo.
É claro que existe uma base para essa síndrome entrar na vida de alguém. Isso geralmente acontece na infância, onde a criança foi muito cobrada ou foi exigido um nível grande de perfeccionismo, sem oferecer a ela afirmações positivas sobre o seu desempenho.
Trago aqui o exemplo da Michele Obama, que disse em várias entrevistas que sempre teve uma batalha em sua mente, com a frase: “I’m not good enough ”(Eu não sou boa o suficiente). Ela revelou que já tinha essa síndrome, só não sabia que tinha um título para ela. Em seu discurso, ela fala que já esteve em várias mesas, ou seja, encontros com pessoas de alto nível, diferentes profissões e cargos diversos, e que sofrem da mesma síndrome.
A síndrome do impostor descreve uma crença central de que o indivíduo não é tão inteligente, competente ou talentoso, em relação ao que os outros pensam que ele seja.
As consequências dessa síndrome tem arruinado a vida de muitos indivíduos, levando-os para hábitos destrutivos, como consumo de drogas, má alimentação, álcool, derrotas profissionais e a fuga de não querer estar em uma determinada posição, por não se sentir merecedor de pertencer a um derterminado lugar ou posição.
Na época em que trabalhei como coordenadora acadêmica de uma universidade em Orlando, percebi que muitos professores e estudantes bem sucedidos viviam essa síndrome, como eu também já vivi.
Outro exemplo que trago são de artistas de televisão, rádio e jornais, que vivem os mesmo desafios. A atriz Jodie Foster, disse: “Quando eu fiz o primeiro filme, pensei que tinha feito um trabalho muito ruim. Foi tão exagerado que eu pensei que seria o meu fim, então comecei a me preparar para voltar à faculdade, mas o sucesso do filme me fez repensar na minha decisão. Eu me joguei de cabeça para trás, agindo e pensando que eu não tinha dado tudo”.
Outro ator que passou por isso foi o Don Cheadle: “Tudo o que vejo é tudo o que estou fazendo de errado, que é uma farsa e uma fraude.”
Perceba que essa síndrome pode atingir qualquer pessoa. Esse questionamento nos leva a entender que o método DCD (dúvidar, criticar e determinar) utilizado pelo Dr. Agusuto Cury é eficaz. Como ele funciona?
- Duvidar: De todas as falsas crenças, duvide de que não consegue superar os desafios ou resolver alguma coisa;
- Criticar: Criticar toda ideia pessimista, angustiante e pertubadora. Questione as suas emoções e seja seu advogado de defesa, não de acusação;
- Deteminar: Seja determinado a lutar pelos seu bem estar, seus sonhos e seja livre e não escravo de seus conflitos e decida a ter um caso de amor com você mesmo.
Agora coloque em prática 7 dicas que o ajudarão a paralisar essa síndrome em sua vida:
- Questione seus pensamentos;
- Aceite que não somos seres perfeitos, nem mesmo você; sempre precisamos melhorar em algum aspecto; faz parte do nosso desenvolvimento;
- Não se compare com as pessoas, o que você vê do outro, é somente uma pequena parte da vida dele;
- Procure ouvir feedback de pessoas verdadeiras e que se importam com você, converse com profissionais que sejam referência para você e tenho certeza que você irá se surpreender com essa experiência;
- Experimente se colocar no lugar de um amigo, se seu melhor amigo estivesse falando que se sente uma fraude, como você reagiria? Trate-se da mesma forma que você trataria seu amigo!
- Mantenha uma lista de suas habilidades e caraterísticas positivas;
- Pense menos e tenha mais ação, essa atitude é excelente para ajudá-lo a enfrentar a síndrome do impostor; quando se sentir inseguro, aja mesmo com dúvida; esse primeiro passo é o mais difícil, porém, após superar essa fase, você irá se surpreender com o resultado.
E quero terminar dizendo que as pessoas incompetentes, não se preocupam em fazer algo com excelência, isso quer dizer que se você se preocupa tanto em ser perfeito, é sinal que não é incompetente!
E caso precise de minha ajuda para sair dessa síndrome, eu tenho um programa especial para você. Entre em contato.
Josie Oliveira, PhD