Será que você tem gastado muito tempo ruminando pensamentos das situações que ocorreram no seu dia a dia, pensando em algo que alguém falou ou atitudes que você teve e não ficou contente com elas?
Se a sua resposta foi sim para essas perguntas, é possivel que você esteja aumentando seu nível de insatisfação com você mesmo, ficando mais chateado e gerando sentimentos de raiva. A sua raiva vai aumentando a cada vez que você pensa na situação ocorrida, isso pode ocorrer com as situações do dia a dia ou com coisas que ocorreram no passado mais distante.
E por que isso acontece? Por que somos tão bons em agir desta forma, mesmo sabendo que não é saudável para a nossa saúde mental e física? Porque quando estamos pensando, queremos entender e processar o que aconteceu, especialmente quando a situacão foi fora do normal e que nos machucou ou machucamos alguém. Todas as vezes que revemos um cenário na nossa mente, aumenta a intensidade dos sentimentos vividos anteriormente. Nesse momento, nós iremos pensar da seguinte forma: “E SE…” e ruminamos o pensamento sobre o que DEVERIA TER acontecido, o que PODERIA ter acontecido ou O QUE IRÁ acontecer.
Essas experiências vão contra a forma natural do cérebro, porque somos projetados para antecipar e esperar o melhor das situações. As experiências negativas são recebidas como um choque e precisamos de mais tempo pensando sobre elas para entender e solucionar o problema. Queremos trazer de volta o nosso equilíbrio. Esse processo irá ocorrer com as pessoas mais sensíveis emocionalmente. É como ouvir uma busina repetidamente no momento em que você está descançando e querendo silêncio, o barulho está fora de hora. Essa experiência é difícil de ser aceita pelo nosso cérebro.
Isso também ocorre quando temos a tendência em ter uma mentalidade de vítima, nos colocando em uma posição de defesa para não assumir a responsabilidade do nosso comportamento. Nessa situação, estaremos tentando justificar o comportamento indevido e buscando alguém para culpar, dizendo que só agimos dessa maneira porque o fulano fez bla, bla, bla …. “essa pessoa me tirou do sério naquele momento e por isso tive essa atitude”.
Quando queremos justificar as situações onde tivemos comportamentos que não aprovamos, iremos agir com desculpas para aliviar a dor, e assim, entraremos no jogo de culpar os outros por nosso comportamento, não assumindo a autoresponsabilida das nossas atitudes.
O jogo da culpa nunca acaba e a cada dia iremos gerar novos sentimentos tóxicos.
Tomar a responsabilidade desses comportamentos, nos ajudará a resolver as situações, apesar de muitas vezes gerar dor, contudo, é a melhor saída para fechar a porta da vitimização e do jogo da culpa. Caso não seja quebrado esse circlo, as situações se repetirão.
Se o conflito ocorreu devido a uma atitude na comunicação verbal ou não verbal, a mensagem que será enviada para nosso cérebro é de ansiedade e estresse a cada vez que formos passar por uma situação semelhante a outra. Em nosso cérebro, os sintomas serão os mesmos e resultarão em um grande impacto na nossa saúde mental e física, por isso, é importante fazer uma avaliação diária do que estamos pensando. É claro que em algumas situações será necessário gastar mais tempo avaliando nossos pensamentos, contudo, precisamos diferenciar o que é fazer uma avaliação desses comportamentos para mudá-los ou aprofundar o pensamento ruminando as situacões sem pensar em resolver os problemas ocorridos e não no que deveríamos ter feito e não foi feito na situação passada.
Minha dica para você é: Tire um tempo para refletir no que pode ser feito para resolver esses conflitos vividos, pensando em 90% na solução da questão em pauta e apenas 10% pensando na causa da situação.
Invista no seu bem estar emocional e viva uma vida com longevitude.
Josie Oliveira, Ph.D